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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Anorgasmia feminina


Hoje decidi falar sobre ANORGASMIA FEMININA. Algumas mulheres ainda hoje em dia, negam defensivamente que tenha, mas o fato é que entre 50 e 70% das mulheres tem dificuldade ou incapacidade de chegar ao orgasmo propriamente dito na relação e sabemos meninas que a maioria mente, fingindo o que não sentiram. Esse quadro assustador não retrata o passado muito distante e fazendo um “reviver” de um tempo atrás, no caso das mulheres heterossexuais, elas deveriam prestar submissão aos maridos e qualquer manifestação de prazer numa relação sexual era condenável. Os números são atuais e indicam que a maioria das mulheres tem anorgasmia.  
E não se enganem: as lésbicas também fingem orgasmo quando não conseguem atingi-lo, umas para não deixarem a parceira triste, outras por não saber falar sobre o assunto. Contudo, alguns casos clínicos atendidos, eu percebi a vantagem de não ser hétero. Nós sendo homossexuais, temos facilidade em conversar com a parceira por justamente ser do mesmo sexo.
Anorgasmia é a persistente ou recorrente dificuldade, demora ou ausência em atingir orgasmo seguido de suficiente estimulação sexual e excitação e que causa angústia pessoal.

Entre os aspectos psicológicos podemos citar:
·         A falta de intimidade com o próprio corpo;
·         A falta de intimidade com a parceira;
·         O excesso de contenção, provocado por uma estrutura de valores que supervaloriza a sexualidade e o desempenho sexual;
·         A dificuldade de estar inteiramente tranqüila e a vontade no contato com o outro no momento da relação sexual;
·         Educação sexual castradora, fatores religiosos, tabus, crendices, violência sexual (abuso ou estupro), experiências obstétricas traumáticas, envelhecimento, dificuldades do cotidiano, baixa autoestima, autoexigência exacerbada, ansiedade, excessiva preocupação com o desempenho, insegurança, estresse, depressão, desconhecimento do próprio corpo, dificuldades ligadas a dicção.

A Anorgasmia se divide em:
ANORGASMIA PRIMÁRIA: As mulheres que têm anorgasmia primária nunca tiveram orgasmo, quando se masturbam ou acompanhadas da parceira sexual.

ANORGASMIA SECUNDÁRIA: Essas mulheres pararam de atingir orgasmo ou passaram a fazê-lo com dificuldade após o nascimento de um filho, após pegar uma DST, após descobrir a infidelidade da parceira...Isto é: atingiam o orgasmo e após um determinado momento surgiu a anorgasmia .

ANORGASMIA COITAL: Elas tem orgasmos acompanhadas da parceira em outro tipo de sexo que não é o coito vaginal, por exemplo, no sexo oral.

ANORGASMIA SITUACIONAL: As mulheres tem orgasmo quando se masturbam ou com a amante, mas não têm orgasmo junto a parceira.

Algumas consequências da Anorgasmia:
diminuição da auto-estima;
- diminuição da lubrificação;
- diminuição do desejo sexual;
- fuga do relacionamento sexual;
- sensação de impotência;
- infelicidade.

O momento da relação sexual é um momento de muita intimidade e de muita exposição. Para que as coisas transcorram bem é necessária uma segurança mínima, que nem sempre está presente nos relacionamentos.  Muitas vezes a pessoa termina forçando a própria barra ao se permitir vivenciar uma relação que na verdade emocionalmente não faz sentido para ela naquele momento.
Para tentar romper essa barreira, é preciso ter muito diálogo com a parceira. Falar o que você sente e como gostaria que fosse tocada, orientando na maneira mais adequada para te acariciar, dar um retorno para sua parceira sobre o que você mais gostou ou gosta que ela faça com você na relação. Assim, ela poderá explorar o que mais te agrada e ter um melhor desempenho. Isso no mínimo irá amadurecer mais o relacionamento e aumentará a intimidade entre as duas. Não irá contribuir para vencer essa barreira se você preferir fazer uma simulação. Ou seja, suspirar, gemer, fazer caras e bocas, fazer com que a respiração fique intensa, tudo para fingir um orgasmo, isso só vai prolongar o problema. Será através de diálogos que você conseguirá. Por outro lado, sua parceira tem um papel muito importante para essa conquista; no qual cabe a ela ter paciência, compreensão e dedicação para com você.
Para a parceira, muitas vezes, isso é um papel muito difícil. Podendo gerar nela um sentimento de incapacidade, "eu não consigo fazer minha parceira gozar", o que também deve ser trabalhado com ela. Para transformar a relação sexual numa experiência que agrade a ambas, é preciso que as duas digam quais são seus pontos mais erógenos. Mas como fazer isso se você não se conhece bem? Não sabe quais pontos no seu corpo dão mais prazer. Pois bem, então mãos a obra: descobrir que seu corpo pode te dar muito prazer, será fantástico. Experimente!!!

postado Originalmete no Blog: CANOA DE MENINAS
(www.canoademeninas.blogspot.com)

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